Análise das atividades antrópicas nas florestas de mangal em Macuse, centro de Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2022.001.0015Palavras-chave:
Ecossistemas de mangal, Degradação, Crescimento populacionalResumo
Nos últimos tempos, as florestas de mangal tem sido alvos de distúrbios naturais e antrópicos, destacando-se as actividades humanas como as principais responsáveis pela degradação destes ecossistemas. Nesse contexto, o estudo teve como objectivo, analisar as actividades antrópicas nas florestas de mangal em Macuse, no centro de Moçambique, através da identificação das actividades antrópicas que levam a sua degradação, descrição das finalidades e consequências dessas actividades, bem como o nível de conhecimento das medidas de uso sustentável dos recursos existentes nos ecossistemas de mangal. O estudo consistiu num inquérito com amostra de 101 agregados familiares selecionados entre os diferentes bairros do Posto Administrativo de Macuse, sendo que, os indivíduos entrevistados foram selecionados com base na amostragem por conveniência. Em termos de resultados, constatou-se que quase toda a população da área de estudo (98%) depende dos mangais como uma das principais fontes de subsistência, e foi constatado que actividades como a pesca (31%), corte de estacas (24%), procura de crustáceos (4%), produção de carvão (6%), extracção de sal (7%), de areia (4%) e lenha (24%), foram identificadas como as que mais contribuem para a degradação dos mangais na área de estudo. A população de Macuse utiliza preferencialmente espécies de mangal como a Avicennia marina, Ceriops tagal e Sonneratia alba na maior parte de suas actividades, sendo que grande parte da população (cerca de 63%) não tem nocção de que a sobre-exploração do mangal aliada a causas naturais como ciclones, erosão, cheias, entre outras, contribui de forma significativa para a degradação do mangal.
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