Caracterização de cicatrizes de incêndios na terra indígena governador, Maranhão/BR
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.006.0021Palavras-chave:
Área Protegida, Fogo, VegetaçãoResumo
Ocorrências de incêndios florestais em Áreas Protegidas configuram uma das principais formas de destruição dos recursos naturais, visto que estas áreas representam alternativas de conservação da natureza e proteção dos costumes de populações originais. Nesse sentido, objetivou-se caracterizar as cicatrizes de incêndios na Terra indígena Governador – MA incluindo zona de amortecimento com 49.753,69 ha, no período de 2000 a 2019. Para tanto, adquiriu-se imagens dos satélites LANSAT 5, 7 e 8, nas quais aplicou-se o Índice de Queimada Normalizada (NDBR), além da obtenção de dados de focos de calor e desmatamento. Na Terra indígena obteve-se um total 44.168,85 ha de cicatrizes de queimada e 20.06458 ha na zona de amortecimento. Evidenciando o ano de 2010 que apresentou maior área queimada na TI com 4.480 ha (10,63%) e o ano de 2012 para a ZA com 4.124,65 ha (8,30%). Foram detectados 14.204 focos entre janeiro de 2000 e dezembro de 2019, destes 7.359 ocorreram na TI e 6.845 na ZA. Contabilizou-se 5.780,8 ha de desmatamento na TI e 41.525,3 ha na ZA. Estes resultados revelam que mesmo apresentando uma área consideravelmente pequena de desmatamento ao longo do período estudado, a TI Governador carece de incentivo no uso controlado do fogo, baseado nos modos de vida dessas comunidades, visto que se detectou um grau elevado de cicatrizes de queimadas.
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