Efeitos do clima e sazonalidade nos atropelamentos de Rhinella Jimi, em duas rodovias do Agreste de Pernambuco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.004.0014

Palavras-chave:

Mudanças climáticas, Fauna atropelada, Ecologia

Resumo

As mudanças climáticas podem gerar algumas transformações na biosfera como o aumento dos eventos extremos (secas e enchentes) e aumento das temperaturas. As estradas são ambientes de desenvolvimento econômico e estão vinculadas aos processos de projeção da interiorização de determinada região, com tais benefícios as estradas também causam alguns efeitos à biodiversidade, como a formação de subpopulações, processos de fragmentação dos ambientes, como também animais atropelados, que em alguns períodos do ano, algumas espécies são mais frequentemente observadas atropeladas que outras. Neste sentido, o intuito deste trabalho foi verificar a relação existente entre o clima e a frequência de atropelamentos da espécie Rhinella jimi em dois fragmentos de rodovias no Semiárido pernambucano. As coletas do material informacional biológico foram feitas a partir de observação de duas rodovias pernambucanas, a BR 232 e 423. Os dados de distribuição e sazonalidade foram comparados com o número de atropelamentos da espécie. Foram verificados alguns fatores relacionados ao crescimento de indivíduos atropelados  depois do período chuvoso, além de uma relação de crescimento dos atropelamentos  durante as chuvas, indicando que os atropelamentos estão vinculados às atividades metabólicas do animal e seu consequente desenvolvimento populacional depois dos períodos de chuva, uma vez que a característica de  adaptabilidade dos anfíbios no semiárido é vinculada a sua maior atividade e rápida reprodução nos períodos chuvosos e redução metabólica nos períodos mais secos e escassos de alimento. Assim, as flutuações pluviométricas ao longo do ano, além de permitirem adaptabilidade aos organismos, possibilitam pontualmente o seu desenvolvimento populacional no ambiente.

 

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Biografia do Autor

José Cleiton Souza Tenório, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco- UPE (2017). Mestrando em Ciências Ambientais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Servidor público do estado de Alagoas e Pernambuco na função de professor. Trabalha com Ecologia, genética de populações e educação no ensino básico.

Arthur Macário Lopes, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Estudante de Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)/ BRASIL. Tem experiência na área de Veterinária e na área de Zootecnia. Desenvolveu em pesquisas com ecologia de estradas, monitoramento e identificação de "hotspots" de atropelamentos de animais silvestres em rodovias brasileiras. Trabalhou com produção de insetos para alimentação animal e humana. Possui prática de campo com ecologia e observação de morcegos e aves brasileiras. Além disso, tem experiência com Sistemas de informação Geográfica (GIS) e produção e confecção de mapas geográficos digitais. Trabalhou com levantamento e geoprocessamento de imagens LandSat 8, com ênfase na detecção de perfis de ocupação antrópica, indices de vegetação e distribuição de corpos de água. 

Dayara Claudia Souto Maior de Moraes Vilar, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Bianca Gonzaga de Araújo, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Graduanda de Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Agreste de Pernambuco. Possui experiência nas áreas de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais e Animais Silvestres. Atualmente exerce função de estagiária na Clínica Veterinária Mi&Au, perfazendo carga horária superior a 500h. Ex-estagiária no Zoológico Pet Silvestre - Maragogi, AL, compondo carga horária de 208 horas. Voluntariou no Centro de Triagem de Animais Silvestre - CETAS Tangará (PE), compondo carga horária de 189 horas. Atuou como monitora da disciplina Bioestatística Básica, na Universidade Federal do Agreste de Pernambuco, totalizando carga horária de monitoria superior a 786 horas. Atualmente é monitora da disciplina Radiologia Veterinária. Participou de Programas de Atividades de Vivência Interdisciplinar - PAVI, nas áreas de Diagnóstico por Imagem no Hospital Veterinário Universitário da cidade de Garanhuns. Concluinte de PAVI na área de ecologia de estradas com ênfase nos atropelamentos de répteis em rodovias do interior de Pernambuco. Recentemente consumou Projeto de Iniciação Científica com estudos na área de ecologia de estradas com destaque para o monitoramento de atropelamentos de espécies animais do Domínio Caatinga.

Werônica Meira de Souza, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal da Paraíba (1999), mestrado em Meteorologia/Climatologia pela UFPB (2001), e doutorado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2011). Atualmente é professora Associada I da Unidade Acadêmica de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco- UAG/UFRPE (2010-atual), Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais -PPCIAM (Mestrado Acadêmico) da UAG/UFRPE, aprovado pela CAPES em 05/09/2018. Também é professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente -PRODEMA (Mestrado) da UFPE, membro permanente do Programa de Associação em Rede em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Doutorado), e colaboradora do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da UFPE. Foi vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Mestrado) da UFPE de 2016 a 2018 e é vice-coordenadora do Programa de Associação em Rede em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Doutorado) desde 2017. Realizou capacitação de trabalho na área de modelagem hidrológica no Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK) no período de dezembro/2015 a janeiro/2016, através da Cooperação Técnica Internacional INNOVATE, Brasil-Alemanha. Em Julho/2017 realizou missão científica na Texas A & M University, através do Projeto de Cooperação Internacional entre a Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco e a Texas A & M University. Tem inserção internacional com Alemanha (PIK/Potsdam e TU/Berlim), por meio da cooperação técnica internacional INNOVATE e do projeto de pesquisador visitante (PhD. Hagen Kock) na UFPE/PRODEMA; com os EUA (Texas A & M University) por meio do projeto pesquisador visitante especial (Prof. Raghavan Srinivasan) na UFRPE e do Projeto SUPER financiado pelo MCTI/CNPq/ANA; com a Itália (Università di Bologna) por meio da cooperação técnica internacional e projeto de pesquisa, financiado pelo Fondazione Culturale Italo Braziliana. É consultora da CAPES na área Ciências Ambientais. Foi Membro efetivo do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Meteorologia (2013 a 2016), e na atualidade é Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Agrometeorologia (2017-atual). Atuou como meteorologista na área de Monitoramento do Tempo e Clima do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Recursos Hídricos e do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (2000 a 2007). Tem experiência nas áreas de Ciências Ambientais e Geociências, com ênfase em Climatologia e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: mudança climática, climatologia, monitoramento ambiental, variabilidade climática, recursos hídricos, modelagem, degradação ambiental, vulnerabilidades e desastres naturais. 

Rachel Maria de Lyra Neves, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1995), mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal de Pernambuco (1998), doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2004), Pós-Doutorado em Etnobiologia Aplicada e Cientometria pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2013). Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco e das Pós-Graduações em Ecologia (PPGE) e Ciências Ambientais (PPCIAM) da UFRPE (nível mestrado). Tem experiência na área de Ecologia de aves silvestres, com ênfase em Conservação das Espécies Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: Aves de Caatinga, Mata Atlântica e Migratórias. Recentemente atuando com Ecologia de Estradas. Cursando Bacharelado em Direito na Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns, Pernambuco. 

Wallace Rodrigues Telino Júnior, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1995), mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal de Pernambuco (1999) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2005). Atualmente é professor Associado IV com Dedicação Exclusiva da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco. Leciona no Mestrado de Ecologia e Ciências Ambientais da UFRPE/SEDE. Tem experiência na área de Zoologia/Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Aves, Ecologia, Biologia.

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Publicado

2021-02-08

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