Diagnóstico da sustentabilidade de propriedades de agricultores familiares: uma aplicação do método IDEA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.005.0004

Palavras-chave:

Agroecologia, Desenvolvimento Sustentável, Sistemas agrícolas

Resumo

O debate em torno do modelo “produtivista” tem levado a constantes questionamentos sobre seus impactos, o que tem reforçado uma nova orientação de agricultura que não seja considerada apenas por seu papel fornecedora de alimentos, mas também por suas funções sociais, econômicas e ambientais, dentro de uma perspectiva de paisagem e conservação. Recentemente, estudos têm buscado analisar a sustentabilidade de agroecossistemas a partir de métodos que utilizam indicadores com capacidade de monitorar as práticas e técnicas agrícolas, heranças culturais, situação econômica e aspectos sociais.  Dessa forma, este artigo objetivou avaliar o nível de sustentabilidade ambiental de propriedades rurais familiares que estão em transição agroecológica no Agreste Meridional de Pernambuco. Foram avaliadas a sustentabilidade de dez propriedades rurais familiares a partir do método IDEA, versão 4 (IDEA v4). Os agroecossistemas avaliados apresentaram uma média de 74,8% para dimensão Sócio-territorial, 79,3% para dimensão Agroecológica e 65,1% para dimensão Econômica, sendo as melhores pontuações relativas aos aspectos ambientais e as piores ao fator econômico. Assim, chama-se atenção para a dimensão Econômica, tendo em vista a necessidade de melhorar algumas potencialidades e buscar reduzir as limitações ao longo do espaço e do tempo. O uso de indicadores de sustentabilidade pode colaborar na autogestão de agroecossistemas, tanto para técnicos quanto para agricultores e ainda contribuir na operacionalização de ferramentas que visam a sustentabilidade e tomada de decisão de gestores e políticas públicas.

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Biografia do Autor

Horasa Maria Lima da Silva Andrade, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Doutora em Etnobiologia e Conservação da Natureza- PPGEtno pela Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE; Mestra em Ciências Florestais (UFRPE); Graduada em Agronomia (UFRPE); Especialista em Administração Escolar e Planejamento Educacional (UFPE). É professora Adjunta da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco- UFAPE. Ministra as disciplinas: I- Extensão Rural e II- Associativismo, Cooperativismo e Economia Solidária, nos cursos de graduação da Agronomia e Zootecnia. É Coordenadora e Professora Efetiva do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPCIAM) da UFRPE/UFAPE, atuando na Linha de Pesquisa "Agroecologia, Meio Ambiente e Sociedade". É professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial ( Doutorado)- PPGADT da UFRPE, atuando nas linhas de pesquisa: I- Identidade, Cultura e Territorialidades e III- Transições Socioecológicas e Sistemas Produtivos Biodiversos. Compõe o corpo docente da Residência em Saúde Coletiva e Agroecologia da UPE, em parceria com a UFAPE, FIOCRUZ e IPA. Coordena atualmente o Centro Vocacional Tecnológico em Produção Orgânica e Agroecológica, a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Econômicos Solidários, da Agroecologia e Agricultura Familiar- Incubadora AGROFAMILIAR e é membro do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Agricultura Familiar e Camponesa (AGROFAMILIAR). É membro da Coordenação Colegiada da Rede Agreste de Agroecologia de Pernambuco (REAGRO). Atuou em Programas e projetos de Educação do Campo, Cooperativismo e Economia Solidária, Agroecologia e Agricultura Familiar, financiados pelo CNPq e outros agentes financiadores. Atua e tem interesse e experiência nas áreas voltadas ao ensino, pesquisa e extensão em Agroecologia, Agricultura Familiar, Extensão Rural, Cooperativismo e Economia Solidária, Planejamento e Educação Ambiental e Educação do Campo. Participa de grupos de estudo e pesquisa voltados à Agroecologia, Percepção, Educação do Campo, Agricultura familiar e camponesa, Extensão Rural, Políticas Públicas e Desenvolvimento Local e Rural Sustentáveis.

Romário Nunes da Silva, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns, possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns e especialização em Educação Ambiental (Lato-Sensu) pela Universidade de Barão de Mauá. 

Luciano Pires de Andrade, Professor da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Graduado em AGRONOMIA pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1998), graduação em Comunicação Social pela Universidade Católica de Pernambuco (1992) e GRADUAÇÃO DE PROFESSORES DA PARTE DE FORMAÇÃO ESPECIAL (Licenciatura em Ciências Agrárias) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2003). Possui mestrado em Administração Rural e Comunicação Rural pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2000).Doutor em Etnobiologia e Conservação da Natureza pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco em Garanhuns, e é um dos coordenadores do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Agricultura Familiar e Camponesa (NÚCLEO AGROFAMILIAR) e do Centro Vocacional Tecnológico em Produção Orgânica Agrofamiliar. Pesquisa e atua nas áreas de desenvolvimento rural sustentável, economia ecológica, agricultura familiar, agroecologia, extensão rural, políticas públicas e cooperativismo. É professor permanente e vice coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da UFAPE e do Programa de Pós-graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da UNIVASF, UFRPE e UNEB - nível doutorado e editor chefe do periódico científico Brazilian Journal of Agroecology and Sustainability.

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Publicado

2021-03-28

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